Amigos e amigas do Opinião e Crítica Brasil, estou definitivamente, cada vez mais envergonhado de ser brasileiro. E é bem verdade que aparecerão um monte de brasileiros levantando aqui ou em qualquer outro lugar, a bandeira do patriotismo.
Como um país extremamente católico, evangélico e tantas outras religiosidades, falar de pena de morte no Brasil é o mesmo que querer acabar com a ''festa'' eterna de nosso judiciário nefasto. É querer acabar com os políticos de Brasília e ser ''radical''. É passar a punição aos mais pobres, assim dizem alguns, já que somente ''inocentes'' acabariam morrendo.
Proclamar a plenos pulmões: ''Eu tenho vergonha de ser brasileiro!'' é arranjar na certa, discussão em rodas de hipócritas e demagogos.
É caçar confusão com uma tal de CNBB (Confederação Nacional do Bispos do Brasil) e, claro com o tal de ''Direitos Humanos''.
Direitos Humanos diga-se de passagem, negado a milhares de outros brasileiros que sofrem constantemente nos hospitais públicos, morrem nas mãos de bandidos, policiais, motoristas imprudentes. É direito negado aos que estão abandonados em ruas, praças públicas, dormindo embaixo de marquises, é direito negado a crianças vítimas constantemente de pedófilos e do trabalho escravo .
Ser favorável a pena de morte no Brasil é desafiar a lógica de que, todos tem o direito a vida.
E é justamente sobre esse ''direito a vida '' de que falo com intensa comoção.
Passado mais de três anos da morte do garoto João Hélio, no Rio de Janeiro, a nossa bela e fantasiosa justiça põe em liberdade, Ezequiel Toledo de Lima, um dos assassinos covardes de João Hélio. Para quem não se lembra, João Hélio foi arrastado, com o cinto de segurança preso ao seu corpo, e com a porta do carro onde estava, aberta, por sete kilometros pelas ruas de uma praça, em Oswaldo Cruz na noite de 07 de fevereiro de 2007, João Hélio tinha seis anos.
Ezequiel Toledo de Lima era menor de idade, isso tudo há três anos atrás (Protegido pelo Estatuto do Menor e Adolescente, criado pelo Ex-Presidente Fernando Collor de Mello, em 1992), portanto Ezequiel deveria ir para uma instituição de menores infratores, e foi.
Recentemente Ezequiel Toledo de Lima, hoje com 19 anos foi solto. Está livre, já ''pagou '' com a nossa ''bela sociedade'', a pena por ter matado João Hélio.
Mas, o mais degradante nisso tudo, foi saber que Ezequiel Toledo de Lima, foi colocado em um plano de apoio e proteção as ''vítimas'' por uma tal de ONG PROJETO LEGAL (legal?), a qual o protege de uma possível vingança.
Essa é a nossa ''justicinha'' que jamais pensará em pena de morte por aqui. Medo talvez?
Como prêmio, esse facínora hoje com 19 ou 20 anos, mais seus familiares (isso mesmo, familiares) ganharam identidades novas para viverem em outro país e casas novas em algum país de primeiro mundo. Lá, esquecerão pelo resto da vida, o crime cometido por Ezequiel Toledo de Lima. É o sangue dos inocentes pela nova vida dos culpados.
A indignação e perplexidade é geral e parece nunca surtir efeito nesse país, isso acontece discaradamente, dá-se uma banho na ''criança'', compra-lhe roupas novas, engorda-o e depois lhe dão ''asas a liberdade'' fora desse reduto de sujos, covardes e coniventes com assassinos.
Os inocentes como João Hélio, são os que pagam a conta por serem frutos de uma sociedade sempre pronta a fazer coisas mirabolantes em nome da ''justiça'' no Brasil.
Caso Isabella completará dois anos, querem apostar que Alexandre Nardoni e Caroline Jatobá pegarão penas leves?
Esse é o Brasil que todos ''admiram '' lá fora.
É pagar para ver.