31 de julho de 2010

Surtei?


Amigos e amigas do Opinião e Crítica Brasil, surtei! Isso mesmo, surtei. E, não que eu quisesse surtar caro leitor desse blog, apenas transcendi a tal da razão pela emoção. Ou vice-versa.
Notará o leitor que cada vez mais estamos a beira de um ataque de nervos. O que não é nada bom.
Depois de amargar por quase uma hora de trem de minha casa até a estação Brás da CPTM  chego e, ao descer enfrento ainda uma espécie de ''disputa'' para subir a escada rolante, o que chega a ser estressante demais, mas vá lá.
Após subir a escada, sigo em direção ao Metrô, que faz junto a CPTM, transferência gratuita, o que me faz pensar da não necessidade do uso de catracas por ali.
O número de pessoas é excessivo em direção ao metrô, quando aproximando-me de uma das catracas, vejo alguns garotos parados, todos com idade entre 10 e 12 anos, não mais que isso. Estão entre os usuários, atrapalhando a passagem das pessoas. Ouço quando alguém comenta sobre o cuidado para com aqueles garotos mal vestidos, sem chinelos e que falam alto sem parar. Não deu outra. Lá estavam certamente para roubar e assim o fizeram, mas não conseguiram.
Ao passar por uma das catracas, sinto uma mão dentro do bolso de minha calça puxando meu celular. A reação  é instantânea. Segurando o braço de um deles, exijo que ele solte meu celular. Dois guardas, funcionários da companhia  apenas observam e nada fazem.
Ao exigir que o ladrãozinho solte meu celular, ele com idade de aproximadamente 10 anos, acerta-me um soco na barriga, ao passo que não hesito e desfiro nele, um soco no meio de seu maxilar. O moleque solta um grito de agonia enquanto meu celular cai ao chão.. Todos me olham com perplexidade e os protestos começam contra minha atitude.
Um moça diz que é uma advogada e exige que eu pare para lhe dar meu nome, já que a mesma pretende acionar a polícia militar e posteriormente processar-me por crime contra a criança, segundo a própria. Não me intimido e sugiro a ela que o leve para sua casa , que dê banho nele, passe talco no bumbum dele, dê a ele um jantar e o leve para dormir em sua cama, preparando-se posteriormente para receber um revólver 38 na cabeça. A tal da advogada se enfurece comigo e deseja processar-me também por calúnia, difamação e outras coisas que eu nem quero saber.
Outro rapaz, negro e de aproximadamente uns 150 kilos provavelmente, de bermudas, tênis, camiseta com uma inscrição de 100% favela e cabelos horrivelmente estranho, diz que o ''menino está no corre'' pela vida e que eu sou playboy folgado e devo amanhecer com a ''boca cheia de formiga'', péssimo exemplo de sociedade ao qual vivemos. Também não me intimido com ele e lhe digo que só sendo mesmo um mediocre favelado para se doer com um pivete ladrãozinho que hoje rouba um celular, amanhã nos tira a vida.
O mesmo então diz que gostaria de ver eu lhe dar um soco em sua face. Peço então para que tente roubar meu celular igualmente o moleque. Ele nada faz. Já eu, espumo de raiva.
A confusão segue até que os seguranças, de tonfas empunhadas, tentam me barrar, dizendo aos berros que eles eram autoridades e, que eu deveria parar. Olho para esses pobres imbecis assalariados do estado e sigo meu caminho rumo ao trem que me levaria até a estação Dom Pedro II, onde desço.
Nada me aconteceu, claro. Segui meu caminho e fui trabalhar.
Algumas pessoas ainda,  me olhavam com desdém e pude ver que eu, naquele instante havia virado um ''monstro'' para a sociedade. Agredi uma criança. Cria de alguma mãe e pai ínutil para a mesma sociedade e protegido pelo E.C.A ( Estatuto da Criança e Adolescente), criação do ex-Presidente Collor em 1992.
 Que tipo de pessoas temos em nosso meio? Como alguém pode se doer pelos filhos alheios, não sendo eles próprios, vítimas dessa ''ninharia de ratos'' largados Brasil afora?
Só se defende o que é de errado neste país. Só sendo bandido para se ter valor no futuro. E o povo? Pior ainda. Aplaude de pé, atos como o desse vagabundo mirim, quando o mesmo deveria estar estudando, se profissionalizando para uma vida melhor. Mas não. Ser ladrão é ''legal'', dá mais emoção e tem respaldo do povo pobre, oriundos da periferia, os quais adoram viver erroneamente, por isso a defesa para com o pivete.
Sai as ruas roubando desde cedo para depois se fazer vítima da sociedade e  dizer que não teve oportunidades na vida.
Por quê lutar por um povo que não vale e pena?
Agredi sim, não me arrependo. Se precisasse iria agredir de novo. É meu direito de cidadão que está sendo ameaçado por pseudos crianças, defendidos amanhã pela mídia mais conivente que existe.
Não é de meu feitio fazer tal coisa, como acredito não querer ser por parte de ninguém que tenha um pouco de ética.
Não temos segurança e, esta só aparece para se mostrar ante a qualquer tumulto querendo impor sua covardia e agressão. Lá estavam os seguranças do metrô e nada fizeram para tirá-los do meio das catracas. Foi necessário a força física para espantá-los dali e fora da pior maneira possível.
Repito: Não me arrependi e, se necessário fosse, o faria novamente.
Essa é a desordem que querem em nosso país, infelizmente.